Quando se chega em um novo país, a primeira dificuldade a ser enfrentada é o domínio do idioma.

Mas não a única.

Logo, para os imigrantes, a opção pelo empreendedorismo parece ser uma escolha natural, uma vez que o mercado de trabalho se apresenta menos aberto à contratação de estrangeiros.

Italianos, poloneses, colombianos, japoneses, portugueses, vietnamitas, chineses, dentre outros, trazem, além das habilidades profissionais, seus conhecimentos e cultura e buscam se adaptar para conseguir sobreviver em um novo país. Um país no qual a realidade é muito diferente daquela a que estão habituados.

Mas iniciar um novo negócio em terras novas traz muitos desafios. É necessário escolher um segmento, conhecê-lo, ajustar os produtos ou serviços a uma cultura desconhecida, compreender os detalhes de um mercado ainda desconhecido, buscar fornecedores.

Levas antigas de imigrantes são as responsáveis por muitos polos de negócios em diferentes partes do país.

Em relatório de 2019 do Observatório das Migrações Internacionais – OBMigra –, imigrantes investiram mais de R$ 1,5 bilhão entre os anos de 2011 a 2018. Este valor considera investimentos em diferentes tipos de negócios: pequenos comércios, hotéis e pousadas, restaurantes, empresas de serviços, dentre outros.

O mesmo relatório informa que de 2011 a 2018, 774,2 mil imigrantes se estabeleceram legalmente no país. 63% deles são imigrantes que, via-de-regra, permanecem por pelo menos 1 ano.

Mas o empreendorismo não é a única opção de trabalho para os imigrantes que se estabelecem no Brasil. Muitos escolhem trabalhar em empresas.

Para elas, há muitos benefícios na contratação de imigrantes, além das mais óbvias como a troca cultural, que pode ser benéfica no desenvolvimento de produtos, serviços e processos; no estímulo à criatividade e motivação da equipe pelo contato com uma nova cultura; e no fomento à inovação.

Muitos imigrantes chegam com uma bagagem acadêmica e profissional que pode ser um divisor de águas em muitos segmentos de negócios. Sem falar que eles podem atuar profissionalmente em vagas que passam por um “apagão” de candidatos com qualificação.

E você, tem imigrantes trabalhando em sua empresa?

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